23 maio, 2013

Biodigestor Sertanejo Implantado na Escola Agrícola de Jundiaí

A atual perspectiva sustentável que aflora no mundo faz surgir diversos estudos que visam à diminuição o impacto ambiental gerado pelo o homem. Partindo dessa óptica, faz-se necessário o aproveitamento dos resíduos orgânicos gerados pela agropecuária, dando-lhes um destino correto e socialmente ambiental aos mesmos. Nesse aspecto, um dos métodos bastante empregados para esta função é a utilização de biodigestores, pois apesenta-se como um dos sistemas mais representativos para tratamento de dejetos animais via degradação anaeróbica, além de produzir duas bases de desenvolvimento econômico e sustentável, o biogás e o biofertilizante.

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Por linhas gerais, podemos entender o biodigestor como um sistema destinado a criar condições favoráveis para que um determinado grupo de bactérias, denominadas de metanogênicas, responsáveis pela degradação do material orgânico e a consequente liberação do gás metano, tendo em vista que os resíduos dos animais submetidos a um processo de biodigestão aneróbica converte o esterco “in natura”, em duas bases: energia renovável (biogás) e biofertilizante.
A estrutura do biodigestor consiste, basicamente, em uma câmara fechada onde a biomassa é fermentada anaerobicamente, ou seja, sem a presença do ar atmosférico, propiciando a produção do biogás e do biofertilizante. Dessa forma, podemos dizer que o biodigestor é um equipamento ou aparelho, destinado conter volume da biomassa e o produto desta, o biogás. 
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A biodigestão anaeróbia é um processo conhecido há muito tempo e bastante difundida em países asiáticos, como índia e China. O seu emprego para a produção de biogás e o biofertilizante promovem o aumento da produção agrícola e a revolução dos produtos tradicionais rurais, agregando valor, organizando a produção, aumentando a conservação dos produtos, melhorando a logística de comercialização para os agricultores familiar, além de oferece soluções aos produtores, relacionados a problemas como o déficit no fornecimento de energia elétrica, energia de cozimento e a infertilidade do solo.
O manejo inadequado desses dejetos, os quais são ricos em matéria orgânica e agentes patogênicos, pode ser responsável pela poluição de águas superficiais e subterrâneas, devido ao carreamento desse material pela ação das chuvas.
Biodigestor indiano caracteriza-se por possuir uma campânula como gasômetro, a qual pode estar mergulhada sobre a biomassa em fermentação, ou em um selo d’água externo, e uma parede central que divide o tanque de fermentação em duas câmaras. A função da parede divisória faz com que o material circule por todo o interior da câmara de fermentação.
Portanto, o biodigestor implantando na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) campus da UFRN, Macaíba - RN, é uma adaptação do biodigestor tipo indiano, elaborada pela Diaconia. Na qual, o custo (em torno de R$ 1.500,00) de implantação fora reduzido a níveis significantes, a ponto de ficar acessível aos pequenos produtores, além de gerar outras duas bases de desenvolvimento econômico e sustentável, o biogás  biofertilizante.