26 novembro, 2012

MANUAL DIDÁTICO MICROSILOS


Microsilos

O Microsilo é uma ferramenta tecnológica de fácil acesso para o pequeno produtor da caprinovinocultura que busca alternativas de armazenar a forragem em silos pequenos, ou seja, é a forrageira fermentada, na ausência de ar, que traz benefício ao pequeno produtor, por este poder armazenar o volumoso para ser fornecidos aos animais em períodos de carência. Ótimo para ser usado em regiões semiáridas como o nordeste brasileiro, pois requer pouca mão-de-obra e baixo custo em sua confecção garantindo os rendimentos zootécnicos e econômicos da pecuária de caprinovinocultura em épocas de secas.

Este manual terá como objetivo ensinar passo a passo, como construir microsilos, o material utilizado e o mais importante, como o produtor poderá mensurar quanto cada microsilo deve ser feito para alimentar seu rebanho em um determinado período. Iremos indicar também as principais forrageiras que podem ser aproveitadas para a silagem, levando em consideração que se deve ter em mente que devemos aproveitar bem os nossos recursos que é a nossa caatinga, e por fim este manual demonstrará quanto à qualidade deste silo, garantindo o sucesso da técnica e o sucesso do nosso pequeno produtor.

Forrageira

A escolha da forrageira vai depender das condições do local, com clima, topografia, disponibilidade de forragem, pluviosidade, tipo de exploração, tamanho do rebanho, mão-de-obra, materiais e capital.
Principais forrageiras indicadas para silagem no semiárido:

·         Capim-búffel
·         Capim-gramão
·         Capim-andropogon
·         Capim-corrente
·         Capim-elefante
·         Oró
·         Tanzânia
·         Mombaça
·         Milho
·         Milheto
·         Sorgo

Aditivos


Aditivos são substâncias utilizadas para compor a silagem, a fim de promover um maior valor nutritivo, acelerar e controlar a fermentação durante o processo de silagem.
Principais aditivos indicados para silagem no semiárido:
·         Melaço
·         Farelo (trigo, milho, algodão)
·         Vagem de algaroba
·         Espiga de milho moída
·         Raspa de mandioca
·         Uréia
·         Bagaço de caju

Emurchamento

Trata-se de pré-secagem da forrageira a ser utilizada para silagem, tendo em vista que tal prática possibilita o aumento do teor de matéria seca e a concentração de carboidratos solúveis. Um período de exposição ao sol entre 6 e 12 h, é o suficiente para uma boa silagem.

Principais tipos de silos

Os silos mais utilizados para o armazenamento de forragem no Nordeste são o silo, o silo cincho, o silo de superfície e o trincheira.

Silo cincho
Fonte: Pereira Neto et al.,(2009)
Esse tipo de silo é bastante usado por pequenos agricultores, devido à baixa quantidade de foragem armazenada e por ter menor necessidade de máquinas.

Silo superfície
Fonte: Pereira Neto et al.,(2009)
O silo de superfície possui uma maior capacidade de armazenamento de forragem, porém o requerimento de máquinas é maior. É indicado para pequenas e médias propriedades.

Silo trincheira

Fonte: Nussio et al., (1999)
O silo tipo trincheira é mais usado em grandes propriedades pela necessidade de construção rural e maior uso de máquinas.

Silos alternativos

Quando a escala de produção e uso das silagens é pequena, pode-se considerar alternativas de produção da silagem que não os silos convencionais de trincheira ou superfície. Contudo, vale lembrar que os cuidados em relação à picagem, compactação e vedação devem ser os mesmos.

Tipos de Microsilos
Podem ser usados diversos tipos de microsilos entre eles:                                                                 
· Sacos plásticos
· Bombonas
· Baldes
· Canos de PVC

Passo a passo da ensilagem
1. Utilize um balde de 20kg (margarina).
2. Coloque uma fina camada de brita no fundo do balde.


3.  Coloque a forragem no balde.


4. Compacte a forragem.


5. Vede o silo com lona plástica e liga de borracha.



A silagem poderá ser utilizada após 30 dias no mínimo.


Qualidade da silagem

A qualidade da silagem está diretamente relacionada à qualidade da forrageira ensilada. Assim quanto mais rica for a forrageira ensilada, mais nutritiva será a silagem. A silagem pode conter apenas uma espécie forrageira, ou duas ou mais espécies no mesmo silo, com o intuito de aumentar a quantidade do material ensilado, como também melhorar a qualidade final do produto.
Para saber se a silagem foi bem preparada e tem um bom valor nutritivo, algumas características podem ser observadas, tais como:


Fonte: Pedroso (2003)
  • Cor clara, verde-amarelada;
  • Cheiro levemente avinagrado;
  • Textura firme e macia;
  • Sabor ácido.




Fornecimento da silagem para os animais


Fonte: Gonçalves (2012)

A silagem deve ser oferecida aos animais logo após sua retirada do silo, pois em contato com o ar, inicia-se o processo de fermentação aeróbica provocando mudanças na composição, odor e sabor do alimento. 
Recomenda-se o fornecimento de silagem aos ruminantes após o desenvolvimento de seu sistema digestivo. Silagem com cheiro ruim, escura e com bolor (mofo) não deve ser fornecida aos animais.
No início do fornecimento da silagem aos animais, deve ser feita uma adaptação a esta dieta, pois se trata de um alimento com odor, sabor e composição diferenciados. Esta adaptação é feita com o fornecimento da silagem junto com o outro volumoso ou concentrado já fornecido aos animais. A silagem deve ser fornecida em quantidades crescentes até substituir totalmente o alimento anterior. Esta adaptação deve durar aproximadamente 15 dias, para que o animal não sinta a mudança na alimentação.
Prática de ensilagem 
Prática de ensilagem

Referências

GONÇALVES, E. Bovinocultura de corte. Disponível em: http://bovileite.blogspot.com.br/2012/09/manejo-de-vacas-secas.html. Acesso em: 06 nov. 2012.

NUSSIO, L. G; PENATI, M. A; DEMARCHI, J. J. A de A. Guia para produção de silagem. Uberlândia, MG, Sementes AGROCERES, 1999. 49 p.

PEDROSO, A.F. Aditivos químicos e microbianos no controle de perdas e na qualidade de silagem de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.). 2003. 120 f. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.

PEREIRA NETO, M.; MACIEL, F. C.; VASCONCELOS, R.; M. J. Produção e uso de silagens. Natal: EMPARN, 2009. 30 p. (VI Circuito de tecnologias adaptadas para a agricultura familiar; 2). 
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Material desenvolvido e apresentado como workshop no município de Lajes-RN, pelos alunos do curso de Pós-Graduação em Manejo Sustentável do Semiárido, como pré-requisito de avaliação do módulo "Tecnologias Alimentares Aplicadas a Sistemas Produtivos no Semiárido" ministrada pelos Prof° Valdi Lima.
Discentes: Camila Costa, Elainy Lopes, Felinto Gadêlha e Leonardo Eufrázio





28 outubro, 2012

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DE ESPÉCIES FLORESTAIS (Acácia, Nim e Sabiá) NA ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ (EAJ)/UFRN: IMPLANTAÇÃO DE EXPERIMENTO


Rafael Augusto Dantas¹, Jucier Magson de Souza e Silva¹, Paulo Roberto de Lima Dantas¹, Ermelinda Maria Mota Oliveira², Thiago de Miranda Moreira¹, Cláudia Careli Dantas de Oliveira³, Maria Vitória Serafim da Silva³, Maraísa Costa Ferreira¹, Leonardo Eufrázio Soares4
Orientador: Gualter Guenther Costa da Silva²
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1Graduando em Engenharia Florestal UECIA/UFRN, 2Prof° Dr. da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/UFRN, 3Graduando em Zootecnia UECIA/UFRN, 4Pós Graduando em Manejo Sustentável do Semiárido

INTRODUÇÃO

Com o intuito de  atender à demanda de ensino, pesquisa e extensão na área florestal. Seguindo um modelo de sucesso em todas as partes do mundo, a área experimental estará apta a servir de base para realização de atividades de pesquisa com resultados passíveis de serem repassados para os estudantes em aulas teóricas e práticas. A partir dessa aplicação básica, serão identificadas e selecionadas as competências no meio do corpo discente, direcionando-se os estudantes para o treinamento científico e tecnológico na iniciação científica.

OBJETIVOS

Implantação de três espécies florestais (Acácia Mangium – Acácia, Azadirachta indica - Nim e Mimosa caesalpinifolia - Sabiá) numa área de experimentação florestal da EAJ/UFRN.

METODOLOGIA

O experimento foi implantado em abril/2012 após a realização da escolha e demarcação da área (2 ha), combate à formiga  e preparo do solo. O delineamento experimental foi um fatorial (2x3), correspondente a seis tratamentos distribuídos em parcelas subdivididas com quatro blocos, sendo o fator principal (duas formas de adubação - fundação e cobertura) e o secundário (espécie), perfazendo um total de 24 parcelas. O plantio foi realizado no espaçamento 3x3 m, tendo 64 plantas/parcela. Após o plantio realizou-se várias atividades relacionadas aos tratos culturais (limpeza, combate à formiga e replantio).



CONCLUSÃO

O experimento para avaliação do potencial produtivo das espécies Acácia, Nim e Sabiá foi implantado de forma adequada, servindo para o treinamento científico e tecnológico dos estudantes de graduação e pós-graduação.




Descrição Morfológica de um Perfil de Solo: abordagem teórica e prática

Paulo Roberto de Lima Dantas¹, Ermelinda Maria Mota Oliveira², Leonardo Eufrázio Soares³, Jucier Magson de Souza e Silva¹
Orientador: Gualter Guenther Costa da Silva²
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1Graduando em Engenharia Florestal UECIA/UFRN, 2Prof° Dr. da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/UFRN, ³Pós-graduando em Manejo Sustentável do Semiárido/UFRN

INTRODUÇÃO
        Na disciplina Ciência do Solo o conteúdo referente aos processos pedogenéticos leva a constituição dos diferentes horizontes de um perfil de solo. A primeira etapa para classificação de solo refere-se à descrição morfológica do perfil. A morfologia do solo é definida como as características visíveis a olho nu ou perceptíveis por manipulação, obtidas em descrições efetuadas em campo, a partir de um perfil de solo.
        Este trabalho foi realizado com o objetivo de facilitar a compreensão teórico/prática para descrição morfológica de um perfil de solo.

METODOLOGIA


            Para melhorar a questão teórica da descrição morfológica do solo, o monitor da disciplina de Ciência do Solo elaborou um roteiro de aula prática, contendo todas as etapas e características morfológicas utilizadas para descrição de um perfil de solo. Complementando a abordagem teórica realizou-se a ida à campo para abertura de três trincheiras de 1,3 m de profundidade na Área de Experimentação Florestal da EAJ, no município de Macaíba, RN. Após a abertura das referidas trincheiras foram realizadas aulas práticas com as turmas das disciplinas de Ciência do Solo dos cursos de Zootecnia, Agronomia e Engenharia Florestal. Durante as referidas aulas priorizou-se a participação direta dos alunos quanto à descrição morfológica do perfil, fazendo a análise dos diversos fatores que compõem a descrição morfológica do solo, como por exemplo: abertura de trincheira, identificação dos horizontes, espessura dos horizontes, cor, textura, estrutura e cerosidade.


RESULTADOS


      Os alunos que participaram das aulas obtiveram um maior conhecimento em relação aos aspectos morfológicos do solo, podendo aplicar o que foi repassado na aula teórica, de maneira mais real. Essas atividades ajudaram os professores a melhorarem o conteúdo didático e o acompanhamento das turmas. Foi importante, também, para que os monitores consolidassem o conhecimento dos conteúdos e tivessem uma introdução às atividades de docência.




CONCLUSÃO

          A partir da introdução de novos materiais didáticos em sala de aula, plantões de dúvidas e produção de material didático (roteiro de aula prática) foi possível implementar o processo ensino-aprendizagem, principalmente, no tema relacionado com a descrição morfológica de um perfil de solo.

BIBLIOGRAFIA 

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa em Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos(SiBCS), 2006.
Santos, Raphael David dos. Manual de Descrição e Coleta de Solo, 5ª ed. Revista ampliada, Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005.



CRESCIMENTO INICIAL DE CLONES DE EUCALIPTO NA ÁREA DE EXPERIMENTAÇÃO FLORESTAL – ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ / UFRN


Jucier Magson de Souza e Silva¹, Rafael Augusto Dantas¹, Paulo Roberto de Lima Dantas¹, Alexandre Santos Pinto², Ermelinda Maria Mota Oliveira², Maraísa Costa Ferreira¹Thiago de Miranda Moreira¹
Orientador: Gualter Guenther Costa da Silva²
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1Graduando em Engenharia Florestal UECIA/UFRN, 2Prof° Dr. da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/UFRN

INTRODUÇÃO

O gênero Eucalyptus tem cada vez mais destaque em programas de reflorestamento. Atualmente, a área plantada no Brasil é superior a 4 milhões de hectares (ABRAF, 2011) e a sua produtividade se destaca por ser das mais elevadas do mundo, com taxas que variam de 38 a 54 m3.ha-1.ano-1 (STAPE, 2008). O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de crescimento de três clones (AGC144, AGC225, GG100) do gênero Eucalyptus após um ano de plantio. 

METODOLOGIA

O experimento foi implantado na Escola Agrícola de Jundiaí na área de experimentação florestal (AEF), que corresponde a área total de 6,6 ha, dividido em seis talhões de 1,1 ha, sendo dois talhões por clone. Foram alocadas 12 parcelas permanentes, sendo 4 parcelas por clone e 36 árvores por parcela. Nas árvores avaliadas foram obtidas medições de altura e diâmetro a altura do peito (DAP).





RESULTADOS
O clone com melhor taxa de crescimento foi o GG100 com as maiores médias em altura 5,41 m (±1,67) e DAP, 4,4 cm (±1,56), seguido do AGC144 com 4,57 m (±1,23) e 3,89 cm (±1,28) e do AGC225 com 3,97 m (±1,44) e 2,9 cm (±1,25), respectivamente.

CONCLUSÃO

Os clones de eucalipto (GG100, AGC144 e AGC225) apresentaram bom potencial de crescimento para região Litorânea do RN, sendo o clone GG100, aquele com maior potencial. 

BIBLIOGRAFIA 

FERNANDES, Emanuel Tássio. FOTOSSÍNTESE E CRESCIMENTO INICIAL DE CLONES DE EUCALIPTO SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS. 2012. 144 f. Dissertação - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista-BA, 2012. (onde esta referência foi citada) (incluir as referências que foram citadas e não estão aqui).







27 outubro, 2012

CONFECÇÃO DE BIODIGESTOR CASEIRO PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS E BIOFERTILIZANTE


     Ísis Simone Fortaleza Gomes¹, Ermelinda Maria Mota Oliveira², Thiago de Miranda Moreira³, Leonardo Eufrázio Soares4, Jose Eldo Costa5, Jucier Magson de Souza e Silva³
Orientador: Gualter Guenther Costa da Silva²
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1Graduando em Zootecnia - UFRN, 2Prof° Dr. da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/UFRN, ³Graduando em Engenharia Florestal UECIA/UFRN, 4Pós Graduando em Manejo Sustentável do Semiárido, 5Graduando em Agronomia UECIA/UFRN

RESUMO

           Uma das formas de aproveitamento de dejetos animais é por meio da biodigestão anaeróbia que transforma o esterco “in natura”, em duas bases sustentáveis: o biogás e o biofertilizante. O objetivo do presente trabalho foi construir biodigestor do tipo caseiro em garrafa Pet e em bombona de PVC que permita a produção de biogás e de biofertilizante. O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Compostagem de Resíduos Orgânicos da Escola Agrícola de Jundiaí/UFRN. A partir de garrafas pets (2 L) e de bombona de PVC (100 L) foram realizadas algumas adaptações que possibilitaram entrada do dejeto, armazenamento e liberação controlada de biogás e saída de biofertilizante. Após as devidas adaptações depositaram-se os dejetos suínos diluídos com água (1:2, água/dejeto) nos respectivos biodigestores, e após 45 dias, o processo de biodigestão finalizou. O processo de biodigestão anaeróbica pode ser viabilizado a partir da confecção de biodigestor caseiro do tipo garrafa pet ou bombona em PVC.

OBJETIVOS

     Atualmente encontramos um problema que vem afetando cada vez mais a cadeia produtiva animal e o ambiente em que vivemos. Além da produção em massa de gás metano, que afeta a camada de ozônio do nosso planeta, há também a produção desordenada e mal manejada de dejetos animais, poluindo o solo, lençóis freáticos, rios e mares, sendo fontes de contaminação e disseminação de doenças. Os produtores não estão dando destino adequado aos dejetos produzidos, entulhando-os em locais abertos, favorecendo essa poluição. O objetivo deste trabalho é passar ao produtor a importância ambiental e econômica da utilização dos biodigestores para garantir a sustentabilidade da sua comunidade sem agredir o meio ambiente. Uma forma de garantir esta sustentabilidade na agricultura é a reciclagem de dejetos animais por meio da utilização de biodigestores (uma câmara fechada cheia de água e dejetos, que tem como objetivos produzir biogás e biofertilizante), diminuindo os custos e contribuindo para a sustentabilidade. Os resíduos são fermentados pelas bactérias anaeróbias (sem a presença de oxigênio), que realizam o seu trabalho em temperaturas entre 30º a 35ºC, porém a fermentação pode ser desativada em temperaturas a cima ou a baixo das referidas ou se ocorrer a entrada de oxigênio no biodigestor. O biogás serve para produzir gás de cozinha e energia; já o biofertilizante é um adubo de fácil manejo e rico em minerais. Há vários tipos de biodigestores, mas todos geram lucro ao produtor e retorno positivo ao ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS

          A pesquisa foi desenvolvida na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrária (UAECA-UFRN), localizada no município de Macaíba-RN, com latitude 05º 51’ 30’’ e longitude 35º 21’ 14’’. O clima da região é do tipo tropical chuvoso com verão seco (Koppen). Foram utilizados dezesseis biodigestores confeccionados com garrafas pet, e cada garrafa continha 1500 ml de substrato (água e dejetos suínos). Uma seringa foi acoplada em cada biodigestor com a funcionalidade de um gasômetro, obtendo a quantidade em ml de gás produzido, ou seja, o êmbolo da seringa se movimenta de acordo com a pressão que o gás exerce para sair do recipiente. Porém, até o décimo dia, há formação de vários gases, que foram liberados, assim foi possível quantificar os índices de gás metano posteriormente.  A pesquisa foi dividida em quatro tratamentos diferentes com três repetições. Os tratamentos foram caracterizados como: T1- 15% de H2O e 85% de dejetos; T2- 50% de H2O e 50% de dejetos; T3- 33% de H2O e 67% de dejetos; T4- 85% H2O e 15% de dejetos (Figura I e II).  


RESULTADO E DISCUSSÃO

          Os substratos foram analisados a partir do tempo de retenção em dias indicado para a finalidade da produção (Figura 3). O experimento foi observado durante 45 dias e foram constatadas variações de acordo com as quantidades de dejetos e água adicionados, formando o substrato. Foram constatadas alterações logo nos primeiros dias e no sétimo foram liberados a formação da mistura de gases, para evitar explosões posteriores e obter funcionamento eficiente.Por já apresentar uma quantidade de água significativa em seus dejetos (suínos), o experimento T1 apresentou níveis de produção de gás 40% maior que os demais tratamentos (Figura 4), deixando o substrato pastoso. Ocorreu probabilidade de vazamento de algumas das garrafas, visto que foram três repetições. Já no Biodigestor do tipo bombona (Figura 5) foi constatado a produção de gás metano através da queima e produção de biofertilizante (60L), utilizada para confeccionar uma horta orgânica (Figura 6). Essa pesquisa foi realizada com o objetivo de viabilizar a produção de um biodigestor do tipo Sertanejo (Figura 7) para a produção em larga escala de biogás e biofertilizante. Visto a dificuldade de obtenção de resultados


CONCLUSÃO

         A implantação dos biodigestores torna-se viável e gera retorno positivo, pois além de gerar lucro ao produtor ainda contribui com o meio ambiente. Ao produzir gás de cozinha ou energia elétrica a partir do biogás e adubo derivado do biofertilizante, a utilização de biodigestores deverá aumentar com o passar do tempo e técnicas novas serão introduzidas para o seu aperfeiçoamento. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
NOGUEIRA, L.A.H. Biodigestão: a alternativa energética. São Paulo: Nobel, 1986;SOUZA, F.L.. Biogás- Energia renovável para o futuro. Revista Ciência e Tecnologia na Escola, vol. 33, nº 1, Fevereiro de 2011;Paris, Camila Manhas.Implantação de biodigestor e produção de biofertilizante. Trabalho (Graduação) – apresentado ao Curso de Tecnologia em Biocombustíveis, Faculdade de Tecnologia de Araçatuba, 2010. Araçatuba, SP: Fatec, 2010. 59f. : il.