27 outubro, 2012

CONFECÇÃO DE BIODIGESTOR CASEIRO PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS E BIOFERTILIZANTE


     Ísis Simone Fortaleza Gomes¹, Ermelinda Maria Mota Oliveira², Thiago de Miranda Moreira³, Leonardo Eufrázio Soares4, Jose Eldo Costa5, Jucier Magson de Souza e Silva³
Orientador: Gualter Guenther Costa da Silva²
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1Graduando em Zootecnia - UFRN, 2Prof° Dr. da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/UFRN, ³Graduando em Engenharia Florestal UECIA/UFRN, 4Pós Graduando em Manejo Sustentável do Semiárido, 5Graduando em Agronomia UECIA/UFRN

RESUMO

           Uma das formas de aproveitamento de dejetos animais é por meio da biodigestão anaeróbia que transforma o esterco “in natura”, em duas bases sustentáveis: o biogás e o biofertilizante. O objetivo do presente trabalho foi construir biodigestor do tipo caseiro em garrafa Pet e em bombona de PVC que permita a produção de biogás e de biofertilizante. O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Compostagem de Resíduos Orgânicos da Escola Agrícola de Jundiaí/UFRN. A partir de garrafas pets (2 L) e de bombona de PVC (100 L) foram realizadas algumas adaptações que possibilitaram entrada do dejeto, armazenamento e liberação controlada de biogás e saída de biofertilizante. Após as devidas adaptações depositaram-se os dejetos suínos diluídos com água (1:2, água/dejeto) nos respectivos biodigestores, e após 45 dias, o processo de biodigestão finalizou. O processo de biodigestão anaeróbica pode ser viabilizado a partir da confecção de biodigestor caseiro do tipo garrafa pet ou bombona em PVC.

OBJETIVOS

     Atualmente encontramos um problema que vem afetando cada vez mais a cadeia produtiva animal e o ambiente em que vivemos. Além da produção em massa de gás metano, que afeta a camada de ozônio do nosso planeta, há também a produção desordenada e mal manejada de dejetos animais, poluindo o solo, lençóis freáticos, rios e mares, sendo fontes de contaminação e disseminação de doenças. Os produtores não estão dando destino adequado aos dejetos produzidos, entulhando-os em locais abertos, favorecendo essa poluição. O objetivo deste trabalho é passar ao produtor a importância ambiental e econômica da utilização dos biodigestores para garantir a sustentabilidade da sua comunidade sem agredir o meio ambiente. Uma forma de garantir esta sustentabilidade na agricultura é a reciclagem de dejetos animais por meio da utilização de biodigestores (uma câmara fechada cheia de água e dejetos, que tem como objetivos produzir biogás e biofertilizante), diminuindo os custos e contribuindo para a sustentabilidade. Os resíduos são fermentados pelas bactérias anaeróbias (sem a presença de oxigênio), que realizam o seu trabalho em temperaturas entre 30º a 35ºC, porém a fermentação pode ser desativada em temperaturas a cima ou a baixo das referidas ou se ocorrer a entrada de oxigênio no biodigestor. O biogás serve para produzir gás de cozinha e energia; já o biofertilizante é um adubo de fácil manejo e rico em minerais. Há vários tipos de biodigestores, mas todos geram lucro ao produtor e retorno positivo ao ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS

          A pesquisa foi desenvolvida na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrária (UAECA-UFRN), localizada no município de Macaíba-RN, com latitude 05º 51’ 30’’ e longitude 35º 21’ 14’’. O clima da região é do tipo tropical chuvoso com verão seco (Koppen). Foram utilizados dezesseis biodigestores confeccionados com garrafas pet, e cada garrafa continha 1500 ml de substrato (água e dejetos suínos). Uma seringa foi acoplada em cada biodigestor com a funcionalidade de um gasômetro, obtendo a quantidade em ml de gás produzido, ou seja, o êmbolo da seringa se movimenta de acordo com a pressão que o gás exerce para sair do recipiente. Porém, até o décimo dia, há formação de vários gases, que foram liberados, assim foi possível quantificar os índices de gás metano posteriormente.  A pesquisa foi dividida em quatro tratamentos diferentes com três repetições. Os tratamentos foram caracterizados como: T1- 15% de H2O e 85% de dejetos; T2- 50% de H2O e 50% de dejetos; T3- 33% de H2O e 67% de dejetos; T4- 85% H2O e 15% de dejetos (Figura I e II).  


RESULTADO E DISCUSSÃO

          Os substratos foram analisados a partir do tempo de retenção em dias indicado para a finalidade da produção (Figura 3). O experimento foi observado durante 45 dias e foram constatadas variações de acordo com as quantidades de dejetos e água adicionados, formando o substrato. Foram constatadas alterações logo nos primeiros dias e no sétimo foram liberados a formação da mistura de gases, para evitar explosões posteriores e obter funcionamento eficiente.Por já apresentar uma quantidade de água significativa em seus dejetos (suínos), o experimento T1 apresentou níveis de produção de gás 40% maior que os demais tratamentos (Figura 4), deixando o substrato pastoso. Ocorreu probabilidade de vazamento de algumas das garrafas, visto que foram três repetições. Já no Biodigestor do tipo bombona (Figura 5) foi constatado a produção de gás metano através da queima e produção de biofertilizante (60L), utilizada para confeccionar uma horta orgânica (Figura 6). Essa pesquisa foi realizada com o objetivo de viabilizar a produção de um biodigestor do tipo Sertanejo (Figura 7) para a produção em larga escala de biogás e biofertilizante. Visto a dificuldade de obtenção de resultados


CONCLUSÃO

         A implantação dos biodigestores torna-se viável e gera retorno positivo, pois além de gerar lucro ao produtor ainda contribui com o meio ambiente. Ao produzir gás de cozinha ou energia elétrica a partir do biogás e adubo derivado do biofertilizante, a utilização de biodigestores deverá aumentar com o passar do tempo e técnicas novas serão introduzidas para o seu aperfeiçoamento. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
NOGUEIRA, L.A.H. Biodigestão: a alternativa energética. São Paulo: Nobel, 1986;SOUZA, F.L.. Biogás- Energia renovável para o futuro. Revista Ciência e Tecnologia na Escola, vol. 33, nº 1, Fevereiro de 2011;Paris, Camila Manhas.Implantação de biodigestor e produção de biofertilizante. Trabalho (Graduação) – apresentado ao Curso de Tecnologia em Biocombustíveis, Faculdade de Tecnologia de Araçatuba, 2010. Araçatuba, SP: Fatec, 2010. 59f. : il. 





2 comentários:

  1. achei muito bom,mas acho que poderia estar explicando o passo a passo da construçao pois estudo num colegio sustentavel e tenho como projeto para a feira de ciencias a construçao de um biodigestor entao poderia ter o passo a passo da montagem materiais etc mas ta muito bom o seu trabalho

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  2. Olá tem tempos que quero fazer um biodigestor só ñ dei início devido às dúvidas que são no tambor 200 litros quanto de dejeto colocar dejetos suínos galinha bovino restos de gramíneas trituradas qto tempo já tenho gás qto tempo dura aproximado óbvio uma bombona de 200 fico agradecido se puder me ajudar. Já tenho tambor plástico 200 lts

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